27.1.06

A verdade sobrevive em segredo?

Ordo Internationalis Militae Templi, DeMolay, Rosae Crucis, Illuminatti, Carbonarios, Fideli D'Amore, Priorado de Sião, Maçonaria, Skull & Bones...

cria tua sociedade;
guarda teu segredo;
antes que a igreja;
desminta teus estudos;
e roube teu símbolo;
e acuse-o de demônio;
e te queime na fogueira.

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A Igreja era a censura. A ciência era proibida. A verdade só persistia, se uma sociedade a guardasse, sob juramento em segredo. Em nome disto, muitas sociedades secretas se fundaram no passado. Algumas nem tão nobres visavam mais o poder secreto do que preservar a verdade. Ao que parece para um leigo como eu, Rosa Cruz e os Templários foram as mais nobres. A Maçonaria sobrevive ainda hoje, e de secreto não sei se restou alguma coisa.

Mas pra guardar a verdade, eram mil façanhas. Simbolos secretos davam a pista para o local onde outra pista aguardava. E um longo caminho de marcas e signos e etimologias se traçava. Mas a verdade estava a salvo, enquanto só dela sabiam seus protetores.

A igreja, a católica, romana, ortodoxa, apostólica (...) também sabia a verdade. Mas a verdade é o que todo mundo sabe. É o humanismo e a igualdade. O homem auto-suficiente, o divino sendo uma mera formação virtual, o todo, de cada um. A verdade está dentro, não está fora. Está em ti, não na igreja. Tu és o templo. Mas tal verdade dispensa a necessidade de uma igreja, não como templo físico, mas como mediadora. Então a igreja deturpa a verdade, e se constrói sobre a mentira.

A perseguição vem contra os que sabem a verdade. Os símbolos secretos das sociedades eram criptografias para preservar os segredos, mas para a igreja, bastava pegar estes símbolos e publica-los em manifesto: Este símbolo é amaldiçoado e representa o demônio!

A afirmação Católica passa por um longo processo de reinvenção cultural e destruição religiosa. O que interessava era incorporado, como o Deus-Sol, que virou auréola atrás da cabeça de Cristo. O que competia, era difamado: Os politeísmos e as Deusas que eram naturalmente femininas [e se opunham ao ideal patriarcal e machista], viraram pecado, perversão.

E com cada culto, sofriam também seus simbolismos.

Assim sofreu o pentagrama, que de demoníaco nada tinha em sua origem. Assim sofreu Baphomet, entidade hermafrodita com cabeça de bode, símbolo dos Templários que reunia muitos significados: ganhou seios e passou a ser a personificação do Belzebu.

E diz o outro que Da Vinci era do Priorado, que suas obras contém sinais escondidos, e o mesmo serve para Buonarotti e muitos outros na História da Arte. E diz Dan Brown que o Graal era o segredo, e que não era um cálice de fato (o cálice era só um ícone), mas o Graal era a Verdade documentada, encontrada por 9 Templários nas ruínas do reino de Salomão, de quem Jesus Cristo seria descendente, com quem Maria Madalena teria cohabitado, cuja linhagem daí resultante existiria até hoje.

Detalhes à parte, uns escondiam a verdade para que ninguém a soubesse, outros escondiam a verdade para que ninguém a mudasse.

E daí resultam as questões que deixarei no ar para posterior discussão de meus comparsas. De que vale a verdade guardada? Talvez na época das sociedades secretas, guardar o segredo era de fato a melhor forma de mantê-lo intacto. E hoje, a situação se inverte? A verdade passa a ganhar segurança quando cai na grande rede? O que dizer da wikipedia?

De outro ponto de vista, podemos extrair mais questões discutíveis, especialmente para nós aqui, em maioria designers: os simbolismos. Suas re-significações através dos tempos. Seus impactos sociais, etc.

Em tempo: o demônio primitivo era representado por um gato preto. Mas parece que essa associação caiu no esquecimento, o demônio ganhou forma humanóide com chifres, cauda, seios e cascos, enquanto ao bichano, felino e malandro, restou a má-sorte...

18.1.06

Saudações pessoal!!!

e aih galera ... i joined the team ! vamo agitah essa merda...
pra começar aki vou colocar algumas máximas de minha preferência!!!

Não avalies os bens e os males segundo o critério do vulgo: deves verificar, não donde eles provêm, mas sim para que fim tendem. Tudo o que possa contribuir para a obtenção de uma vida feliz será um bem de pleno direito, já que não pode degradar-se até tornar-se um mal.
Toda a gente, contudo, ambiciona ter uma vida feliz; porque sucede então que quase todos falham o alvo? Pelo facto de se tornar por felicidade o que não passa de um meio para atingir; por isso, quanto mais a buscam, mais dela se afastam. O cúmulo da felicidade consiste numa perfeita segurança, numa inabalável confiança no seu valor; ora o que as pessoas fazem é arranjar motivos de preocupação, é percorrer a traiçoeira estrada da vida ajoujadas de pesados fardos. Deste modo vão-se sempre distanciando cada vez mais da meta que procuram alcançar, e quanto mais se esforçam por atingi-la mais se embaraçam e retrocedem. Sucede-lhes como a alguém que corra num labirinto: a própria velocidade faz perder o norte. (Sêneca)

6.1.06

Ensaio geral acerca da cerca das cousas.

O limite da forma define a forma.
A forma sem limite não é forma, é infinito.
O infinito do limite é o próprio limite quando desconhece a sua forma.
Conhecer uma forma é conhecer o seu limite.
O fim é o limite das formas.
O fim que não se conhece é o infinito.
Conheço um infinito limitado pelo meu conhecer.
Se conhece um infinito limitado pelo conhecer.
Conheces um infinito limitado pelo teu conhecer.
O conhecer sem limites é o infinito sem fim.
Um infinito tão cheio de vazio.
Um silêncio altíssimo.